18 de mai. de 2011

Reflexão via quadrinhos

Joaquín Salvador Lavado, mais conhecido por Quino, nasceu em Mendoza, Argentina, em 1932.

A partir de 1949, ano em que abandona a faculdade de Belas Artes, tenta, em vão, vender seus trabalhos nos jornais da capital argentina. Mas, somente em 1954 consegue publicar seu primeiro desenho.

Em 1964, nasce uma personagem que o faria mundialmente conhecido: Mafalda, uma menininha de 8 anos, que questionava todos os problemas da atualidade (de comportamento, passando pela política, economia, chegando até às questões científicas), e era porta voz de uma geração que estava em meio a uma grande mudança dos costumes e do início da evolução da tecnologia.





O sucesso foi tamanho que as histórias de Mafalda foram traduzidas para dez idiomas e exportada para vários países, além de ter sido garota propaganda das campanhas da UNICEF e motivo de cartões postais e de selos argentinos.

A personagem teve suas histórias narradas até o início da década de setenta, quando foi  interrompida. Mas, tal encerramento precoce, não fez de seu autor perder o reconhecimento conquistado.

Muito pelo contrário, ficou cada vez mais conhecido e reconhecido mundialmente como grande cartunista.

No ano passado, nós, brasileiros, fomos presenteados com o lançamento de três obras de Quino: 10 Anos com Mafalda (com todas as tiras da personagem publicadas entre 1064 e 1973), Humanos Nascimos e Que Presente Inapresentável. Obras distintas que conseguem condensar a visão de mundo do cartunista.

Embora já tenha anunciado novas publicações, Quino está sem desenhar. Por opção própria. Segundo ele, "para renovar as idéias".

Idéias, estas, que muitas vezes foram, e ainda são, consideradas pessimistas por grande parte de seus leitores, e que, na minha modestíssima opinião, só nos dão "um tapa na cara" e nos fazem refletir sobre o que acontece neste mundo em que vivemos, no qual valores estão sendo deixados de lado em prol de algo que ainda nem sequer sabemos o que é... Só que boa coisa, não é!

Abaixo, uma tirinha deste cartunista incrível, que apesar das críticas, continua exercendo seu dom como poucos.

De pessimista não tem nada. Mas, de realista. Meu Deus!





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