15 de jun. de 2011

Encontro grandioso com Fernando Sabino

Nosso primeiro encontro foi em meados de 1989.


Ansiedade tomava conta.


Conhecia sua fama.


Ouvira falar de seus recursos linguísticos.


Tomei coragem.


Marquei o encontro.


Respirei fundo e me entreguei ao desejo.


Desejo de aprender cada vez mais.


Me entreguei a leitura interessante, que sugava toda a minha atenção.


Meus olhos devoravam cada linha.


Minha imaginação, cada sublinha.


Cada crônica era uma surpresa.


Um aprendizado.


Uma lição de inteligência.


Meu par? Livro de Fernando Sabino.


Jornalista e escritor mineiro, de talento indescritível.


Que conseguia colocar o bom humor, a inteligência e a emoção na ponta do lápis e dividia com seus leitores toda a sua vivência e experiências.


Ler, fosse um artigo, uma crônica ou um livro deste autor, era aprendizado garantido.


Pena que se foi em 2004. Mas, deixou, para nossa sorte, sua marca na literatura brasileira.


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Conheça um pouco deste autor:



"De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro".



"Democracia é oportunizar a todos o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, depende de cada um."




"O otimista erra tanto quanto o pessimista, mas não sofre por antecipação".



"O diabo desta vida é que entre cem caminhos temos que escolher apenas um, e viver com a nostalgia dos outros noventa e nove".




"O ar não é silencioso? O vento não faz barulho? E que é o vento senão ar? A música é o silêncio em movimento".




"Se lhe posso dar um conselho, é este: não tente apanhar o fruto verde para que ele não apodreça na sua mão".




"Tem gente que é só passar pela gente que a gente fica contente. Tem gente que sente o que a gente sente e passa isto docemente. Tem gente que vive como a gente vive, tem gente que fala e nos olha na face, tem gente que cala e nos faz olhar. Toda essa gente que convive com a gente, leva da gente o que a gente teme passa a ser gente dentro da gente. Um pedaço da gente em outro alguém".