28 de abr. de 2011

O artista - Parte 2

No início de março, publiquei uma postagem sobre um rapaz que me surpreendeu com seu talento. John Lennon da Silva.

Ontem, estava, assim como da outra vez, dando um vasto passeio pelos canais de TV aberta, quando me deparei com o mesmo jovem se apresentando.

Paralisei no mesmo momento.

Meus olhos se fixaram na coreografia.

Uma outra belíssima apresentação.

Uma outra belíssima composição.

Sensibilidade transbordando em cada movimento.

Leveza e sutileza em cada passo.

Emoção inundava o palco.

Olhar que expressava o que palavras e sons jamais conseguiriam.

Talento e criatividade juntos, compondo um belíssimo espetáculo.

Duas coreografias foram apresentadas.

E, mais uma vez, me emocionei com o espetáculo que assistia.

E, mais uma vez, meus olhos se encantaram.

E, o nó na garganta se fez presente.

Que emoção ver um brasileiro com tamanho talento tendo, mais uma vez, oportunidade de mostrar seu dom.

Que lindo dom, que faz com que, por alguns segundos, consigamos esquecer de tudo para além de nossas casas.

Que lindo dom, que nos faz fixarmos os olhos no que vemos e fixarmos nossos corações no que sentimos.

Ali, mais uma vez, pude ver a concretização da esperança.

Ali, mais uma vez, John Lennon da Silva, me encheu de orgulho.

Ali, mais uma vez, tive o prazer e a oportunidade de assistir um grande artista apresentando seu talento.

Ali, mais uma vez, sobre o palco escuro, vi um grande artista iluminado, nos dando a oportunidade de vermos algo de extrema qualidade e que nos faz sentir o que temos de mais bonito em nossos corações.

John Lennon da Silva. Nosso artista.

Grande artista.

20 de abr. de 2011

Tango, bolero e talento... Muito talento




A primeira oportunidade foi em 2000.

A segunda foi agora, por pura vontade de reviver as risadas gravadas em algum lugar da minha lembrança.

Texto enxuto, de argumentação simples, mas sem negligenciar a qualidade e a inteligência.

Nada de grandes experimentações teatrais, nem de exploração das complexidades existenciais.

Uma comédia. Simplesmente, uma comédia feita para divertir. Com o aval da grande diretora Bibi Ferreira.

Um espetáculo, de grande sucesso anterior, remontado com novo elenco e com uma roupagem mais moderna.

Do elenco antigo, permaneceu apenas o ator Edwin Luisi.

E ele que faz a diferença no palco.

Ator, este, que, em interpretação impecável, mostra o que é compor, encenar e interpretar uma personagem sem pudores e com tamanha competência que rendeu ao mesmo cinco merecidos prêmios: Shell, APCA, Mambembe, Governador do Estado do Rio de Janeiro e Quality Brasil.

Quarenta anos de carreira, com, uma média, de quase uma novela por ano, vários filmes e peças de teatro.

Carreira sólida, que não se rendeu aos vazios modismos televisivos modernos.

Peça recomendada com vistas a retribuir tudo o que este grande ator já vez na televisão brasileira, assim como, para se embebedar com tamanho talento que transborda do palco.

Vale a pena conferir!



tango-bolero-chachacha

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Serviço:

Tango, Bolero e Cha Cha Cha
Elenco: Edwin Luisi, Cris Nicolotti, Johnny Massaro, Carolina Lobak e Carlos Bonow.
Local: Teatro Shopping Frei Caneca
Temporada: até 17 de Julho de 2011.
  

17 de abr. de 2011

Para relembrar...






Certas datas deveriam ser muito comemoradas. Como a do aniversário deste artista completo, Charles Spencer Chaplin, mais conhecido como Charles Chaplin, que nasceu em 16 de Abril de 1889 e foi um ícone do difícil e admirável cinema mudo, contribuindo para o desenvolvimento da sétima arte.

Depois de tantos anos, este artista ímpar, que foi ator, diretor, produtor, comediante, dançarino, roteirista e músico, continua sendo lembrado por suas obras-primas.

Assim, nesta semana de homenagens a Chaplin, resolvi postar alguns poemas e pensamentos deste gênio.

Nunca é demais relembrar...

E se inspirar...








O Caminho da Vida

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.

A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.

Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.

Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.

Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

(O Último discurso, do filme O Grande Ditador)








Tua caminhada ainda não terminou....
A realidade te acolhe
dizendo que pela frente
o horizonte da vida necessita
de tuas palavras
e do teu silêncio.

Se amanhã sentires saudades,
lembra-te da fantasia e
sonha com tua próxima vitória.
Vitória que todas as armas do mundo
jamais conseguirão obter,
porque é uma vitória que surge da paz
e não do ressentimento.

É certo que irás encontrar situações
tempestuosas novamente,
mas haverá de ver sempre
o lado bom da chuva que cai
e não a faceta do raio que destrói.

Tu és jovem.
Atender a quem te chama é belo,
lutar por quem te rejeita
é quase chegar a perfeição.
A juventude precisa de sonhos
e se nutrir de lembranças,
assim como o leito dos rios
precisa da água que rola
e o coração necessita de afeto.

Não faças do amanhã
o sinônimo de nunca,
nem o ontem te seja o mesmo
que nunca mais.
Teus passos ficaram.
Olhes para trás...
mas vá em frente
pois há muitos que precisam
que chegues para poderem seguir-te.






"O homem não morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de amar."

"O tempo é o melhor autor; sempre encontra um final perfeito."

"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder
com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve...
A vida é muita para ser insignificante."






"Não fique triste quando ninguém notar o que fez de bom
Afinal...
O sol faz um enorme espetáculo ao nascer e, mesmo assim, a maioria de nós continua dormindo."



Retrospectiva 2010



Dois mil e dez.

Fatos ocorridos.

Momentos marcantes.

Profissionais talentosos.

Imagens registradas.

Lentes atentas.

Lentes que conseguem expressar o que frases e diálogos talvez não conseguissem fazer com tamanha sensibilidade e competência.

Retratos alegres, tristes, curiosos e históricos, que mostram o que é a vida real, para pessoas que enxergam além do que os olhos conseguem enxergar.

Imagens que nos fazem refletir, nos emocionar.

Imagens que trazem embutidas vidas, famílias, situações e histórias.

Imagens fixas que nos fazem ir para longe.

Imagens que mexem conosco, que despertam os sentimentos mais profundos.

Sensações inesperadas.

Um clique que nos emociona.

Um clique que deixa aquele momento único registrado.

Registrado, não apenas em um papel ou quadro, mas em nossos corações.



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SERVIÇO:


Exposição: Foto Retrospectiva 2010 – 6ª Mostra Anual de Fotojornalismo.
Onde: Espaço Cultural do Conjunto Nacional – Avenida Paulista, 2073.
Quando: até 26/04/2011; de segunda a sábado, das 7h às 22h; domingos e feriados, das 10h às 22h.


12 de abr. de 2011

Pequenas vítimas


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Pequenos brasileiros.

Pequenas crianças.

Vítimas da loucura, da ignorância, quiçá, da negligência.

Histórias interceptadas sem motivos.

Nada faz sentido.

Nada tem explicação.

Vidas com páginas deixadas em branco.

Sonhos por realizar.

Futuro que acabou no presente. E ficará apenas um breve passado para ser relembrado.

7 de abr. de 2011

Triste estatística






Mais um caso, como tantos outros que já ocorreram.

Perda irreparável para uma família.

Mais um número na infinita estatística da Secretaria de Segurança Pública.

Famílias destruídas.

Amigos inconsoláveis.

Uma vida promissora e cheia de sonhos interceptada.

Desculpas mil.

Motivos fúteis e incompreensíveis.

Tentativas vazias de justificar o injustificável.

Caráter colocado à prova.

Falta de educação, carinho, formação e estrutura familiar como pretexto.

Nada explica.

A não ser a falta de respeito à vida alheia.

Tratada como se não fosse nada. Sem valor algum.

Triste fim das pessoas de bem.

Vivendo em um mundo à mercê de indivíduos sem escrúpulos.

Cruzando por essas ruas cinza com pessoas sem caráter algum, que não têm consciência do que é viver, do valor da vida para aqueles que prezam por ela.

Guerra civil? Impossível. Só um dos lados está armado.

Está mais para uma exterminação de pessoas corretas, honestas, trabalhadoras e de boa índole.

Uma pena que o tempo vá passando e nada certeiro seja feito.

Enquanto isso, pessoas queridas são eliminadas e viram estatística em alguma página de jornal.

Notícia de hoje, comentário de amanhã, estatística da semana. Depois, é esquecida.

Tudo é tratado como natural. Como se fosse exceção.

E de natural não tem nada.

E o pior: está virando regra.

4 de abr. de 2011

Uma linda proposta



Um dia como tantos outros.

Até que um presente chega, inesperadamente, até mim.

Dentro de um envelope pardo.

Como remetente, uma colega querida.

Como presente, um livro desconhecido.

Como surpresa, uma linda proposta.

Um livro. Juntamente com uma linda proposta.

Passar a diante, após a leitura.

Uma corrente literária.

Não poderiam ter escolhido uma pessoa melhor.

Uma grande admiradora e devoradora de livros.

Seria a segunda leitora.

Seria a segunda a desfrutar da leitura de conteúdo inesperado.

Conteúdo desenvolvido pelo jovem autor espanhol Francesc Miralles.

Páginas escritas com sentimento.

Páginas repletas de magia.

Amor e amizade para explicar os pequenos segredos da vida.

O poder da transformação.

O poder dos pequenos gestos.

O poder da amizade.

O infinito poder do amor.

A possibilidade de mudanças.

A possibilidade de mudar a vida. A própria vida.

A possibilidade de viver novamente.

A possibilidade de retomar a vida, exatamente onde parou.

A possibilidade de sentir o amor.

De vivenciá-lo de coração aberto. Apesar de todos os medos, fantasmas e inseguranças.

O poder da transformação, através da amizade.

O poder da transformação, através da saudade.

O poder da transformação, através da coragem adormecida.

O poder da transformação, através do amor.

O valor dos pequenos gestos.

O valor dos acontecimentos inesperados.

O poder do olhar para o lado e não apenas observar, mas realmente ver.

Ver com o coração. E, não exclusivamente, com os olhos.

Uma leitura leve, singela, cercada por humor, ironias.

Uma leitura que nos mostra que o caminho para felicidade está na comunicação, na convivência com os demais seres humanos.

Uma leitura que nos mostra o perigo e a tristeza que habitam a solidão.

Uma leitura que nos descreve o despertar de um coração adormecido.

Uma lição de vida.

Uma deliciosa lição de vida...



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Obrigada, colega querida, pela oportunidade ímpar de desfrutar de uma leitura tão delicada e envolvente.

Passarei esta obra para outros olhos curiosos...

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Ficou curioso?
Leia: Amor em minúscula, de Francesc Miralles – Editora Record.



3 de abr. de 2011

Que pena




Acho que fiz parte da última geração que brincou na rua, sem grandes preocupações.

Sou do tempo de jogar bola, andar de bicicleta na rua tinha como grande perigo os carros que transitavam. Mas, mesmo eles, na maioria das vezes, vinham tranquilamente e, quando corriam, não era nada demais, dava tempo suficiente para correr para a calçada.

Sou da época de vários programas de TV educativos, ou no mínimo, sem violência ou sem apelação. Sou da época, por exemplo, do Bambalalão, na TV Cultura. Um daqueles programas que os pais podiam largar o filho sozinho assistindo, que sabiam que era entretenimento cultural puro voltado, exclusivamente, para o público infantil.

Época em que programas apelativos passavam depois das vinte e duas horas, hora, esta, em que todas as crianças já estavam em suas camas, dormindo.

Época em que multa de trânsito era uma medida com vistas a penalizar o infrator e não a única opção educativa do trânsito, com objetivo puramente arrecadatório.

Época de comer salsicha crua na fila do supermercado.

É uma pena que tudo tenha passado.

As crianças não são mais as mesmas.

O trânsito não é mais o mesmo.

O mundo não é mais o mesmo.

Hoje em dia é perigoso atravessar a rua, quem dirá brincar de bola?

Comer salsicha cozida é perigoso!

Conversávamos nos portões das casas até tarde. Hoje em dia nem conversamos mais. Os portões permanecem eternamente trancados e vigiados por câmeras de segurança.

Crianças vivem fechadas entre quatro paredes, sob olhares atentos de algum adulto, hipnotizadas por algum jogo de vídeo game ou por algum programa que não merece sua mínima atenção.

Estranhos são suspeitos de crimes ainda nem cometidos.

A pulga mora atrás da orelha, não apenas está. Não ficamos com o pé atrás, ele sempre está lá.

Antigamente, bastava olhar para os dois lados da rua para atravessar. Hoje, a calçada é perigosa...

Fiz parte de uma geração educada pelos pais e avós. Não por alguém estranho da família, ou alguém contratado, que pregasse uma forma mais moderna da mesma.

Tinha horário para tudo. E “dar satisfação” não era invasão da privacidade, mas uma obrigação por não ter saído com algum responsável.

Ser boa aluna, responsável e educada era obrigação e não qualidade diferenciadora.

Formar uma pessoa de valor, era obrigação dos pais. E, eles, conscientes disso, se esforçavam ao máximo para conseguir formar adultos de caráter irretocável.

Afinal, valores influenciam as atitudes, as escolhas e determinam o que importa na vida de cada um.

Li, em algum lugar, que estudos recentes demonstram que a programação da televisão tornou-se o principal formador de valores em nossa sociedade.

Isto me assusta, me amedronta.

Fico preocupada em ler notícias como estas, que demonstram o poder da TV hoje em dia e a fraqueza, a limitação de horizontes, dos pais.

Televisão... Babá eletrônica que tem como carro-chefe e grande educador o BBB da vida.

Famílias correm riscos...

Famílias dão ao inimigo a possibilidade de criação de seres humanos.

Que valores serão embutidos na mente dessas crianças?

É...

Valor...

Palavra em desuso.

Palavra mal utilizada.

Palavra que virou piada.

Na vida, raridade.

No dicionário: “o que vale uma pessoa ou coisa”.

Influencia atitudes, decisões.

Determina e seleciona o que importa na vida de cada um.

Normalmente, repassado pelos pais. Através da arte de educar.

Outras vezes, embutido pelas amizades ou pelas experiências vivenciadas.

E outras tantas, chegando à conclusões baseadas no que se observa.

É...

O que está acontecendo?

O mundo moderno me desencanta a cada dia que passa.

Vejo muita coisa errada, intitulada como psicologia moderna onde tudo pode, para não gerar “problemas emocionais” em crianças solitárias e mimadas.

Estou cansada de ver o mundo se deteriorando...

Estou cansada do comodismo justificado.

Estou cansada da ignorância por opção comodista.

Estou cansada da inversão de valores.

Saudades da minha época.

Saudades de comida com gosto de comida, sem agrotóxico.

Saudades da educação, do respeito ao próximo.

Saudades do Bambalalão.

Saudades das minhas brincadeiras na rua.

Saudades da vida bem vivida.

Sinto saudades de uma época que já se foi.

Brincadeiras saudáveis, ingênuas, infantis...

Respeito ao próximo... Aos pais... À família...

Educação vigiada de perto... Dada e cobrada pela família.

Valores embutidos desde à infância...

Agora...

Brincadeiras, respeito, educação, valores...

Tudo diferente...

Tudo questionável...

Tudo descartável...

Tudo invertido... 

Que pena.